Como escolher uma empresa de tradução internacional
Escolher uma empresa de tradução internacional influencia directamente o sucesso da sua expansão. Veja padrões, prazos e preços para decidir com confiança e reduzir riscos.
Índice
O que uma empresa de tradução internacional entrega
Uma empresa de tradução internacional madura combina linguistas experientes com processos testados. Deve esperar capacidade escalável, terminologia consistente e comunicação transparente entre fusos horários. Para lá do preço por palavra, procure controlo de risco: dúvidas resolvidas cedo, gestão de materiais de referência e ficheiros finais entregues no formato certo.
O parceiro certo oferece amplitude sem perder profundidade. Isso inclui serviços de tradução empresarial, gestão de projectos, QA e DTP para conteúdo multilingue. Se a sua equipa lança produtos em vários países em simultâneo, uma empresa de tradução internacional reduz atritos de coordenação e mantém os entregáveis alinhados.
Porque escolher uma empresa de tradução internacional
Qualidade consistente nasce de experiência e método. Um fornecedor com visão internacional integra cultura de serviço, reporting e melhoria contínua, para que cada entrega aprenda com a anterior. Essa cadência gera previsibilidade — essencial em actualizações frequentes de software, rótulos regulados ou catálogos com ciclos apertados.
Confirme como a equipa documenta decisões linguísticas. Glossários vivos e guias de estilo devem ser actualizados a cada projecto. Peça exemplos de relatórios de QA e como são tratadas não conformidades. Ver evidência de programas de melhoria e avaliação contínua diz mais do que qualquer slogan.
Como garantir qualidade de forma consistente
Qualidade é sistema, não detalhe final. Um processo robusto aplica tradução, revisão independente e verificação final a todos os ficheiros — não só aos “críticos”. O fluxo começa na preparação: análise de riscos, cura de referências, criação de memória de tradução e termbase do cliente. Termos aprovados reduzem retrabalho; a rastreabilidade mostra quem fez o quê e quando.
A automatização ajuda, mas não substitui o juízo humano. Ferramentas de QA terminológico e verificações de consistência aceleram o trabalho, enquanto revisores seniores resolvem ambiguidades e ajustam o tom de acordo com público e finalidade. Em programas contínuos, peça um playbook com regras para actualizações, gestão de memórias e critérios de “delta review”. Uma empresa de tradução internacional que publica compromissos claros — por exemplo, os 12 Pilares da M21Global — mostra maturidade operacional.
Normas de qualidade e ISO 17100 explicadas
As normas transformam boas intenções em resultados repetíveis. A ISO 17100 define papéis, competências e o processo “duas cabeças” (tradutor + revisor independente). Exige preparação do projecto, controlo terminológico e registos auditáveis. Ao ver a referência ISO 17100, está a contratar um workflow com verificações integradas.
Contudo, certificação é piso, não tecto. Questione como o fornecedor a estende — por exemplo, com QA terminológico adicional, registos de risco ou checklists aprovadas por si. Para traduções certificadas, verifique experiência e práticas locais de submissão. Requisitos variam por país; um parceiro experiente explica diferenças e prepara documentos conforme as regras. Quando houver uso fora do país, confirme se é necessária Apostila, nos termos da Convenção da Haia.
Prazos, preços e controlo de âmbito
Velocidade depende mais de preparação do que de “mais pessoas”. Forneça glossários, referências e contexto cedo; em troca, espere um cronograma realista com marcos, handoffs e revisores nomeados. Em pedidos urgentes, pergunte o que muda no fluxo e como se protege a qualidade sem sacrificar a coerência terminológica.
A precificação deve ser transparente. Procure a separação entre tradução, revisão, engenharia/layout e extras (p. ex., cópias certificadas). Alinhe rondas de revisão, formatos e pacotes de entrega para evitar “scope creep”. Use termbases e packs de referência para reduzir alterações de última hora que inflacionam custos.
Para programas contínuos, solicite um playbook: como actualizações são tratadas, como memórias e termbases são mantidas e quando mudanças accionam retradução ou revisão delta. Ligue isto a SLAs para medir serviço ao longo do tempo.
Setores especializados: jurídico, técnico e life sciences
Domínio é inegociável. Contratos, patentes, manuais, rótulos e conteúdo clínico têm constrangimentos específicos. Mapeie trabalhos para especialistas — tradução jurídica para juristas linguistas, tradução técnica para engenheiros — e valide com uma segunda revisão especializada.
Em áreas reguladas, a diligência é maior. Para legalizações e apostilhas, garanta domínio de procedimentos; para life sciences, alinhe estilo com expectativas de agências e mantenha registos de alterações. Para finanças e auditoria, escolha quem domina tradução financeira, onde a exactidão terminológica e numérica é crítica.
Workflow, ferramentas e confidencialidade à escala
Peça para ver como os projectos avançam do orçamento à entrega. Procure recepção estruturada, “pre-flight checks”, gestão de dúvidas rastreada e curadoria de referências. Memórias de tradução devem ser padrão; termbases têm de ser específicas do cliente e protegidas. Segurança é rotina: controlo de acessos, NDAs e transferência encriptada.
Cultura é o multiplicador. Um parceiro com melhoria e avaliação contínua solicitará feedback e agirá com base nele. Se afirma “traduzimos o mundo”, confirme com práticas reais — compromissos claros, métricas e casos. Uma empresa de tradução internacional que alia processo e pessoas entrega resultados consistentes, versão após versão.
Por fim, escolha por adequação e competência. O fornecedor deve adaptar-se às suas ferramentas e governação, não o contrário. Comece com um piloto, defina KPIs e expanda quando a equipa provar fiabilidade em condições reais.
FAQ
Q1. Qual a diferença entre tradução, revisão e proofreading?
Tradução é a primeira passagem que converte o sentido do texto de origem para o alvo, seguindo tom e terminologia. Exige conhecimento do assunto e acesso a materiais anteriores para manter consistência. Um bom tradutor toma decisões fundamentadas e regista dúvidas como “queries” para validação com o cliente ou revisor.
Revisão é uma segunda análise, por outro linguista, comparando fonte e alvo linha a linha. O revisor corrige erros, resolve ambiguidades e impõe o glossário. Já o proofreading é a verificação final apenas no texto alvo: paginação, pontuação e aspectos visuais. Em fluxos profissionais, revisão e proofreading são etapas distintas para nada escapar.
Q2. Preciso de ISO 17100 em todos os projectos?
Não precisa do certificado anexado a cada entrega, mas precisa das práticas subjacentes. A ISO 17100 formaliza o processo com dois linguistas, as competências e a documentação — glossários, registos de projecto, rastreabilidade. Esses controlos mantêm a qualidade consistente entre equipas e ao longo do tempo.
Em sectores auditados, os inspectores esperam rastreabilidade: quem tocou no ficheiro, quando e com que verificações. Mesmo em marketing, a mesma estrutura reduz risco e retrabalho. Se o fornecedor cumpre a ISO 17100 e o demonstra — checklists, logs de QA, acções correctivas —, beneficia independentemente do “papel” acompanhar cada entrega.
Q3. Como comparar orçamentos de diferentes fornecedores de forma justa?
Normalize primeiro o âmbito. Garanta que cada orçamento cobre os mesmos ficheiros, idiomas e entregáveis, incluindo engenharia e paginação. Partilhe o mesmo glossário, pack de referência e amostra de segmentos para que todos estimem com as mesmas premissas.
Depois compare mais do que preço: avalie cronograma, rondas de revisão, etapas de QA e quem faz a revisão independente. Peça um relatório QA de exemplo e o caminho de escalamento de incidentes. A opção “mais barata” muitas vezes omite revisão ou usa generalistas; um orçamento transparente mostra onde o tempo é investido e como a qualidade será protegida.
Q4. O que deve incluir um bom pack de arranque (kickoff)?
No mínimo: objectivos, público, tom e terminologia inegociável. Adicione traduções anteriores, PDFs de referência e uma lista curta de exemplos “fazer/não fazer”. Inclua nomes correctos de produtos, marcas registadas, unidades e particularidades de formatação para que a equipa não adivinhe.
Operacionalmente, forneça formatos de ficheiro, datas de entrega, contactos de revisores e convenções de nomes. Se existir plataforma preferida, indique-a e partilhe acessos. Quanto mais contexto existir no início, mais depressa a equipa avança sem sacrificar qualidade — e menos correcções serão necessárias.